Por conta do Covid-19 as pessoas, em grande parte, estão vivendo também a “pandemia da inatividade”. Isto está preocupando médicos e profissionais da saúde, pois a ausência de atividades físicas aumenta as chances de obesidade, além de outras patologias.
Estima-se hoje que a obesidade está associada a mais de 200 doenças, entre elas estão: AVC, hipertensão, infarto do miocárdio e diabetes. Sem contar que hoje é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de diversos tipos de câncer como o de útero, intestino, estômago, rins e mama, sem contar o risco de depressão e até mesmo de demência.
A pesquisa feita pela Universidade Federal de Minas Gerais mostrou que a cada dez pessoas, quase quatro engordaram durante a pandemia. O dado é alarmante, pois uma pessoa obesa tem uma expectativa menor do que uma pessoa não obesa. Vale ressaltar que excesso de peso é um fator de risco para aqueles que são atingidos, por exemplo, pelo novo coronavírus.
Uma análise feita pelo Banco Mundial, em agosto deste ano, apontou que a obesidade aumenta o risco de óbito em pacientes que contraem Covid-19 em quase 50% dos casos, e também pode limitar a eficiência de uma vacina contra o vírus. Já estudos americanos publicados revelaram que pacientes entre 18 e 49 anos fazem parte do subgrupo onde obesidade é o principal fator de risco – internados nessa faixa etária tinham a doença.
Uma das explicações para essa vulnerabilidade é que aqueles que estão acima do peso geralmente possuem uma menor capacidade respiratória e isso pode ser um fator de risco para as complicações respiratórias do Covid-19, além da dificuldade para tratamento e realização de exames, entre outros fatores. Ou seja, obesidade é um fator que pode colocar em xeque a vida de uma pessoa obesa diante a uma pandemia.
A importância das atividades físicas
Felizmente, obesidade não é uma doença irreversível, hoje existem muitas formas de tratamento e hábitos saudáveis que o paciente pode adotar para reverter seu quadro ou preveni-lo. Numa entrevista para o canal do Hospital das Clínicas de Porto Alegre (no Youtube), o Dr. Gilberto Schwartsmann, chefe do serviço de Oncologia da instituição observa “A obesidade tem que ser vista com o mesmo olhar que a saúde pública tem em relação ao tabaco, que também é uma causa removível de doença.”
Uma das melhores formas de fazer isso é por meio de atividades físicas. Pacientes que abandonam o estilo de vida sedentário e passam a se exercitar com regularidade, só tem a ganhar. Já percebeu que quanto menos exercícios nós fazemos, mais escolhas alimentares ruins são feitas?
Pois é, uma escolha negativa acaba influenciando outra escolha negativa, mas a boa notícia é que esse padrão pode ser modificado a qualquer momento, uma vez que uma atitude positiva influenciará tantas outras, expandindo assim as expectativas de vida com qualidade e trazendo bem estar diário.
Principais atividades para combater a obesidade
Ao saber que atividades físicas é um excelente método de tratar e prevenir a obesidade, resta agora saber quais são as mais eficazes para esta finalidade, não é mesmo? A pesquisadora Wan-Yu Lin, da Universidade Nacional de Taiwan, em Taiwan, chegou a essa resposta.
Após liderar uma pesquisa que revisou 18 tipos de atividades físicas que ajudam no combate à obesidade e examinar dados referentes a mais de 18 mil adultos, entre 30 e 70 anos, Lin e sua equipe descobriram os seis exercícios mais úteis para impedir o progresso da obesidade:
- Corrida;
- Ciclismo;
- Caminhada;
- Dança tradicional;
- Yoga;
- Alpinismo.
A pesquisa foi baseada na análise de cinco medidas dos participantes: o índice de massa corporal, percentual de gordura corporal, circunferência da cintura, circunferência do quadril e razão entre cintura-quadril, e fez uso de dados internos do estudo, nomeado de Taiwan Biobank. A finalidade deste foi analisar a porcentagem de chance genética da doença.
Dentre todos os testes e estudos, a campeã foi a corrida, pois foi a atividade que mais apresentou interações positivas com as medidas analisadas. É capaz de fazer com que o indivíduo perda mais gordura corporal durante o tempo que o exercício era realizado.
Como visto neste artigo, é notório que pessoas que não costumam se exercitar sejam afetadas por doenças como a obesidade. Inclusive, a falta de exercício físico e maus hábitos alimentares, sobre tudo a ingestão excessiva de calorias, fazem com que o indivíduo produza mais energia do que gasta.
Este padrão traz diversas consequências negativas que acabam contribuindo para a somatização de outros problemas e patologias. Às vezes, sem perceber, entramos num ciclo vicioso de maus hábitos, onde uma coisa leva a outra e quando vemos virou um dominó de complicações que comprometem e muito nossa qualidade e tempo de vida.
Contudo, se tratando de bem estar, nunca é tarde para cuidar da saúde e como obesidade é um estado que pode ser tratado, reparado e prevenido, a melhor hora de começar ou voltar a praticar atividades físicas é agora. E para o sucesso dessa atitude é bastante benéfico contar com o suporte de uma academia. Afinal, além de toda uma estrutura montada para essa finalidade e profissionais para auxiliar e avaliar as necessidades particulares de cada um, montando treinos sintonizados.
Além disso, há professores acompanhando todo o processo, do início até as conquistas, os alunos podem aproveitar ao máximo o que de melhor cada atividade oferece.